Ora viva
É incrivel que muitos encaram a tarefa de “designhar” como algo fácil, uma simples e mera disposição de elementos visuais (textos, imagens, vectores, tabelas, etc,) em uma dada composição de uma forma harmoniosa, ordenada e com alguma beleza.
No entanto, o processo de “fazer design” é bastante profundo e necessita de investigação que envolve, “pesquisas, amostras, mídias, técnicas e abordagens metodológicas que nem sempre seguem processos lineares, uma vez que cada projecto tem as suas próprias características e especificidades.” Fiz um artigo incrivel a falar sobre o papel do designer gráfico, leia aqui.
Ao se desenvolver um projecto de design é preciso ter em mente os objectivos a serem alcançados, que geralmente são reduzidos em: “atrair as atenções do público (alvo) para a peça criada”. Todavia, isso é simplificar demais o processo e associá-lo apenas à uma estética agradável, e pode não trazer o real resultado esperado pelo cliente.
Um objectivo é o resultado esperado, sendo assim é incontornável o contacto e interação entre o designer e o cliente para o entendimento do problema e para a construção de um objectivo que seja realístico para a necessidade do cliente.
Geralmente, o cliente faz um briefing (abordarei sobre este documento em um artigo específico) com algumas informações, mas com pouca profundidade. É comum que pequenas e médias empresas, quase sempre, não tenham como base pesquisas para escrever essas informações.
Tendo a sua visão focada no produto e nos números que ele representa, é muito provável que o cliente tenha uma noção até certo ponto limitada do problema. “E nós, designeres, temos a oportunidade de analisar as informações estando “fora do problema” e com um olhar mais humanista, menos racional, mais livre de conceitos estabelecidos, que muitas vezes, impedem o cliente de ver aspectos que estão em sua frente.”
Por isso existe a necessidade de se aprofundar as informações até que todas as questões estejam bem respondidas, e o problema esteja tão claro que permita iniciar a busca pela solução. Um briefing bem elaborado deve revelar oportunidades e definir limitações. Trazer os objectivos e metas do projecto, as definições do público-alvo, dados organizacionais relevantes, aspectos importantes sobre os valores, significado, personalidade e identidade da marca, limitações de prazos e orçamento.
E nunca esqueça disto: Nem sempre o resultado final do projecto será de “total agrado” do designer, mas isso pouco importa, pois o projecto deve estar de acordo com as necessidades do cliente e do mercado em que este actua ou ainda com a finalidade a que se destina.
Tem alguma dúvida ou algo que gostava que explorasse melhor? Deixe a sua opinião nos comentários. Até breve.
Autor: Dércio Craisso, Motion Graphics Designer, Fundador do Estúdio Criativo Digital Motion, formado em Publicidade e Marketing, apaixonado por Multimídia acredito na integração dos diversos meios de comunicação como a chave para melhores soluções de desenvolvimento.
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